Jovens rejeitam CLT e sonham com o empreendedorismo, diz especialista
Uma nova mentalidade no mercado de trabalho
O mundo do trabalho está mudando, e essa transformação ficou evidente na entrevista concedida pelo professor e especialista em mercado de trabalho José Pastore ao programa Canal Livre. Segundo ele, os jovens de hoje não querem mais seguir o caminho tradicional da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Em vez disso, preferem arriscar e buscar o empreendedorismo como forma de construir independência e liberdade profissional.
1 – Por que os jovens não querem mais a CLT?
De acordo com Pastore, a CLT já não exerce o mesmo poder de atração que tinha no passado. Antes, estabilidade e carteira assinada eram o grande sonho. Hoje, os jovens enxergam nesse modelo limitações como:
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Salários pouco atrativos;
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Pouca liberdade de tempo;
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Ausência de espaço para inovação;
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Sensação de estar “preso” a regras rígidas.
2 – A valorização da autonomia
O especialista destacou que os jovens da atualidade querem ser donos da própria história. A busca por autonomia e flexibilidade pesa mais do que a segurança da carteira assinada. Essa mentalidade impulsiona o crescimento de startups, pequenos negócios e trabalhos independentes.
O papel da tecnologia nessa mudança
A digitalização da economia abriu portas para oportunidades antes inimagináveis. Plataformas digitais, freelas online, e-commerce e economia de aplicativos permitem que muitos jovens comecem a empreender sem grandes investimentos. A internet se tornou o principal palco para quem deseja construir sua independência financeira.
3 – Os riscos e desafios do empreendedorismo
Apesar do entusiasmo, Pastore fez questão de alertar: empreender não é tarefa simples. É preciso planejamento, disciplina, conhecimento em gestão e preparo financeiro. Muitos jovens enfrentam instabilidade nos primeiros anos e podem desistir por falta de experiência ou capital de giro.
4 – O impacto no futuro do trabalho
Se a tendência continuar, veremos uma mudança profunda nas relações de trabalho. O modelo tradicional poderá perder cada vez mais espaço, e será necessário pensar em novas formas de proteção social para trabalhadores que atuam fora da CLT.
5 – O recado para empresas e governos
Para o especialista, a mudança de mentalidade deve servir como alerta.
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Empresas precisam se adaptar, oferecendo modelos de trabalho mais flexíveis e atrativos.
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Governos devem criar políticas públicas que incentivem o empreendedorismo, mas que também garantam segurança mínima para quem escolhe esse caminho.
6 – Conclusão: a geração que quer liberdade
A fala de José Pastore resume bem o momento atual: a geração de jovens trabalhadores não busca apenas estabilidade, mas sim liberdade, inovação e protagonismo. O desafio está em encontrar o equilíbrio entre a ousadia de empreender e a segurança necessária para construir uma carreira sólida.
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